Em uma floresta, não muito perto nem muito longe. Existe uma pequena
cabana, que trás as marcas do tempo em si. Em volta da cabana, há uma
névoa que nunca se vai, seja noite ou dia. Aliás, nessa floresta é
difícil perceber quando é dia ou quando é noite. O tempo passa devagar,
como quando se tenta correr dentro de um rio contra a correnteza. Ela
esconde alguns segredos, viaja no tempo e no espaço, sem se prender ao
tempo e muito menos ao espaço, a pequena cabana apenas segue em seu
paradoxo temporal, se observarmos pela janela principal é possível ver a
silhueta de uma senhora sentada em sua cadeira de balanço, com um lenço
amarrado na cabeça que termina em um sinuoso coque, esperando que uma porta se feche
para que a sua se abra e assim possa dar as boas vindas a algum
visitante que chegue a sua pequena cabana do terror, alguém disposto a
ser embalado pelos seus pequenos contos...